A Picaretagem da Pseudociência
Antes de explicar o título deste post, vou propor uma coisa. Imagine que você trabalha em um projeto na sua empresa/escritório/escola/faculdade e que você se dedica a ele por vários anos. Você precisa aprender um monte de coisas antes de conseguir executar e ter suas próprias ideias. Depois de um tempo, você passa a sentir um certo amor por aquilo, afinal você gastou várias horas da sua vida. Eis que um dia chega uma pessoa nova, olha tudo o que você fez e do dia pra noite ela decide que é especialista no assunto e sabe mais do que você. Até aí, tudo bem, gente louca tem em todo lugar. Mas, pior do que isso, essa pessoa distorce o que você fez e vende a ideia como se fosse certa e fosse a verdade absoluta. E pior ainda, ela ainda recebe reconhecimento por isso!
Tá, agora você sabe como eu me sinto quando vejo alguém divulgando pseudociência e, ainda por cima, cobrando por isso. Hoje me deparei com o site do Prof. Laércio Fonseca. Dando um Google, encontrei os seguintes comentários sobre a tal pessoa:
“É de um físico quântico que conseguiu provar a relação entre matéria e espiritualidade, reencarnação e comunicação mediúnica. É totalmente baseado em raciocínios matemáticos e fórmulas.”
“O professor Laércio B. Fonseca, físico e especializado em astrofísica, em seu livro FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALIDADE analisa os fenômenos paranormais e espirituais. Utilizando as mais modernas teorias científicas da atualidade, apresenta neste vídeo a Nova Física, uma vertente dentro da física atual que leva em consideração a consciência como parte integrante das teorias físicas e de todo fenômeno no universo.”
Sou completamente a favor da liberdade de expressão. Cada um tem sua crença e isso sem dúvidas deve ser respeitado. Minha crítica não diz respeito à questão espiritual e, sim, aos meios utilizados para convencer as pessoas de uma ideia. Apoiar-se em assuntos pouco conhecidos (pela maior parte das pessoas e pelo próprio autor) e de difícil questionamento, nem de perto é fazer ciência. Falando do meu meio de convivência, posso dizer que sempre aparecem uns físicos malucos divulgando alguma ideia sem sentido, seja na fila do bandejão (vestido de gari) ou em algum congresso por aí. Esses são inofensivos e vou deixar pra lá. Mas quando alguém cobra R$ 380 por uma palestra de física quântica e espiritualidade (e muito mais por livros, DVDs, cursos etc) e vende suas ideias como verdade absoluta e aceita cientificamente, o que NÃO é verdade, confesso que me irrito e isso me fez levantar do sofá no feriado para escrever esse texto.
Não vou falar sobre os comentários do vídeo de abertura do curso, do tipo “espiritualidade vai ser a linha de frente da ciência no futuro” ou “vai ter uma revolução quando a ciência demonstrar a vida após a morte” ou “o ET conhece o seu espírito”. Porque, né, acho que nem tem o que falar. Mas vou apontar alguns conceitos físicos claramente errados que ele utiliza para convencer as pessoas de sua ‘teoria’. Aliás, o vídeo da palestra possui 14 partes, o que dá aproximadamente 2h.
A ideia é simples: a consciência é como uma partícula, ela tem níveis de energia que ficam em dimensões diferentes e podemos nos comunicar, pois existe um campo cósmico (a consciência é a manifestação dele) e todos estamos conectados. Isto explica a existência de extraterrestres, espíritos e, nas palavras dele, “quantiza e matematiza Deus”.
É falado que a prova de que a consciência existe é que todas as partículas do universo estão correlacionadas. Isso porque, no início, tudo estava em um mesmo ponto e de maneira correlacionada. Depois que ocorreu o Big Bang e o universo se expandiu, essa característica se manteve. E o que significam essas partículas correlacionadas? Ele argumenta que um fóton/elétron tem uma propriedade chamada ‘spin’, que faz ele girar em uma direção ou outra, e isto funciona como uma engrenagem: se um roda para um lado, o outro tem que rodar para o outro. Existe uma propriedade da quântica que quando você muda o sentido da rotação de um, o outro muda instantaneamente. Portanto, tudo está de alguma forma ligado e é a prova da existência da consciência.
Mas aí surge a pergunta: por que não percebemos a consciência da mesma forma que percebemos as partículas? Simples! A solução é encontrada dizendo que a consciência é uma onda (daí, ele invoca a dualidade onda-partícula da mecânica quântica) e oscila longitudinalmente e não transversalmente, e isso “não dá solidez para a partícula”. Dessa forma, as consciências se unem em uma só.
Ok. Não sei nem por onde começar, então vamos por partes. A dualidade onda-partícula diz que a luz pode ser descrita por meio de uma onda eletromagnética ou de uma partícula – o fóton. Dependendo do tipo de experimento que fazemos, vemos a manifestação de um caráter da luz. Isso nos motiva a entender as interações por meio da troca de partículas. Mas o que isso significa? Que a estrutura mais fundamental que conhecemos é o campo, a partícula pode ser entendida como o menor “pedacinho” deste campo. Exemplos de campos que conhecemos são os campos gravitacionais (que ainda não encontramos a partícula associada a ele, o ‘hipotético’ gráviton) e o campo eletromagnético. De novo, é uma descrição, não significa que você tem uma bolinha chamada fóton andando por aí e eis que de repente ele resolve virar uma ondinha e sair oscilando. Além disso, o tipo de oscilação não implica em solidez. Aliás, foi tão sem sentido isso que não sei nem o quê comentar!
Outra coisa, os níveis de energia quantizados que vemos nos elétrons em átomos (você pode ler sobre isso em um post anterior) não têm nada a ver com a dimensão na qual eles estão. Mudar de nível de energia não significa mudar de dimensão no espaço.
A descrição que dada para o spin também está completamente equivocada (você pode ver uma discussão disso no Physics Act). O spin é uma propriedade quântica e não uma propriedade clássica como uma simples rotação, mesmo porque na mecânica quântica não podemos pensar em partículas como bolinhas! Esta é uma descrição clássica, dada por Thomson e Bohr, com os modelos de “pudim de passas”, que apendemos na escola, e das órbitas atômicas. Em quântica, pensamos na sobreposição de estados. O que significa que não temos uma descrição exata e, sim, probabilística. E não, não é como uma engrenagem.
O que é dito como sendo partículas “correlacionadas” é conhecido como ‘emaranhamento quântico’. O emaranhamento é uma propriedade engraçada, que diz que quando partículas são criadas juntas, existem propriedades correlacionadas. Assim, mesmo que depois você as separe, a medida de uma implica na medida de outra. É como escolher o seu par de meias de manhã. Nas condições normais de sanidade mental, você pega o par da mesma cor. Se você pega a direita azul, significa que a esquerda vai ser azul também. Então, eu só preciso olhar para o seu pé direito para ‘adivinhar’ a cor do esquerdo. A ideia é parecida com partículas, mas uma pode estar aqui e a outra bem longe (com seu pés é meio complicado). Agora, isso não significa que as partículas estão conversando à distância e trocam informação instantaneamente, violando a relatividade de Einstein. O que significa é que certas propriedades são de alguma maneira correlacionadas. E isso não vale para qualquer partícula viajando por aí. Veja que eu só posso adivinhar a cor do par da sua meia naquele dia. No próximo dia, eu não vou saber mais nada. Da mesma maneira, dizemos que as partículas precisam estar emaranhadas.
Eu não sou nem de perto especialista em fundamentos da mecânica quântica. Hoje essa área tomou vida própria e para quem não trabalha diretamente com isso pode ser difícil acompanhar tudo o que está acontecendo. Mas eu tenho uma visão crítica sobre o assunto e é isso que as pessoas deveriam se preocupar em ter. É isso o que eu queria passar com esse post. Quando alguém te falar alguma coisa, pense, questione, pesquise. Não acredite porque alguém falou. Acredite por você.
A “máfia” da pseudociência está cada vez mais comum e a divulgação científica de qualidade é cada dia mais deixada de lado. Pode ter certeza de que nenhum cientista sai por aí cobrando para explicar suas ideias. A ciência é feita de discussão, questionamento e interação entre as pessoas. A lógica também é importante, abrir um livro de física, pegar palavras difíceis aleatoriamente e juntar elas em um frase, não conta como ciência.
Finalizo esse desabafo com um trecho do livro “O capelão do Diabo” de Richard Dawkins:
“Há inúmero livros publicados sobre “cura quântica”, isso sem falar na psicologia quântica, na responsabilidade quântica, na moralidade quântica, na estética quântica, na imortalidade quântica e na teologia quântica. Ainda não descobri um livro sobre feminismo quântico, administração financeira quântica ou teoria afroquântica, mas deve ser uma questão de tempo (…)”
PS Fechamos os comentários nesse post. A idéia dos comentários é complementar a discussão feita no post e não abrir espaço para uma batalha ideológica. É fácil ver a diferença entre os primeiros comentários onde havia uma conversa salutar e os seguintes que eventualmente degeneraram numa discussão sobre ciência x religião. O assunto do post não é religião e não é plausível que a discussão gire em torno disso. Ademais ataques pessoais e uso de ironias entre os usuários torna o ambiente hostil. Para futuros comentários em outros posts leiam o about sobre regras gerais para comentários.
Aí está a importância da divulgação científica. Defender a nós leigos, dos pseudocientistas e dos mistificadores que abundam mundo afora. Esses “cientistas” se aproveitam da complexidade da ciência para enganar os incautos, tal qual fazem seitas e religiões fundamentalistas. E temos que reconhecer que não são poucas as pessoas que rastejam vorazmente atrás de uma crença qualquer que, por ventura, venha dar um pouquinho de alento a suas vidinhas enfadonhas. Não nos deixemos enganar facilmente. Dentre todos os primatas somos conhecidos por ter o maior pênis e também o maior cérebro. Usemos portanto, a vantagem do atributo cerebral para questionar um pouco mais o mundo a nossa volta. Parabéns pelo artigo. Excelente!
Ainda bem que ainda existem pessoas que se preocupam…
Esse é um dos motivos pelo qual odeio religião, eles sempre buscam dinheiro e com isso mentem, roubam e ainda são desonestos, enganando pessoas sobre a realidade.
Parabéns, ótimo desabafo.
Jonathas,
entendo sua posição, mas o texto não é sobre religião, mas sim sobre pessoas que não compreendem exatamente a física e usam seus conceitos de modo inapropriado, inadvertidamente confundindo a população.
Nem li o artigo inteiro, confesso, estou em meio a um trabalho sobre evolução rss… nem deveria estar por aqui.
Mas o texto (li mais da metade) me interessou por eu ser espírita. Também sou contra a pseudociência, sei o quanto a mesma prejudica aqueles que possuem uma crença que é maior ainda na possibilidade do que na verdade em si, porque bem sei que ainda somos primitivos demais para compreender a verdade sobre tudo. A minha fé é uma construção, uma conquista, mas tenho claro em mente que as convicções só nos mantém alienados e, por isso me mantenho pronta para mudar de ideia (só digo que não seria fácil, até aqui tenho sido atenciosa com os alicerces). Acredito também que certas pessoas contribuem enormemente para a descrença, quando enchem a cabeça dos outros de sofismas. A mentira tem perna curta, mas as vezes o charlatão já enriqueceu e fez um monte de gente perder tempo precioso, mas que ganhou uma lição importante e que possivelmente aprendeu a ser mais cuidadoso. Um dia a verdade sempre aparece! Por isso digo, que não é o caso para odiar religião ou odiar qualquer coisa, e sim de estimular o pensamento próprio, a busca pela verdade sempre, e, dessa forma, nos proteger de ilusões trazidas por falácias de gente gananciosa.
Patricia,
concordo inteiramente com sua posição. Que fique claro, nós aqui no truesingularity não temos nenhum problema com a religião, afinal somos físicos e não teólogos, não temos competência para discutir o assunto. Você pode ver meus textos sobre Jornalismo e Ciência onde faço questão de ressaltar o quão prejudicial é colocar a religião contra a ciência. Só queríamos alertar que existem pessoas distorcendo a física e que assim podem enganar as pessoas desavisadas.
Não sou da área, mas compartilho do seu descontentamento com essas pessoas!
Parabéns pelo texto, você escreve muito bem e é muito sensato! É uma pena que haja tantos indivíduos distorcendo conceitos científicos para vender idéias alucinadas para pessoas ignorantes, que não possuem nenhuma base para contestar tais teorias, e nelas acreditam cegamente.
Publicar textos esclarecedores como este eh importante para q os leigos não sejam alienados com esta pseudociência. Esta cria nas pessoas uma falsa ideia de nós cientistas e tb da própria ciência em si. Sou até ousado em dizer q isto deforma o edifício da ciência e do próprio método científico, há tanto tão bem estabelecido.
Estes picaretas usam muitos termos obscuros e aparentemente conectados com o assunto. Estudei física e tb não sou especialista na área de Física Quântica, mas vejo muitas palestras com esta temática e percebo q é mais um negócio, do q divulgação científica. Sei pelo menos, q em Quântica há um universo incrível a ser explorado e somos infantes no seu entendimento. É justamente neste ponto q eles trabalham, promovendo obscurantismo e se escondendo atrás da complexidade de muitos fenômenos q ainda não conseguiram ser explicados. Mas é simples perceber como são vagos, subjetivos e incoerentes. Em muitos casos,apelam para um linguajar difuso e carregado de termos técnicos como embuste, a fim de maquiar sua ignorância e charlatanismo.
Fiquem de olho!!!
Taí uma revista que parece ser brincadeira de tão falsa que é: http://www.stop.org.br/.
O cara até fala que tem um motor contínuo…. tsc tsc tsc
Nem sou cientista, apenas um mero apreciador e observador, e acho que isso irrita. Só posso imaginar o que deve fazer a alguém que trabalha/vive com isso.
Sou espirita por ter me convencido ao longo dos anos de que vida apos a morte e reencarnação são fatos e não suposições. Eu e minha familia, talves por termos professores de profissão entre nos, sabemos valorizar o arduo trabalho de cientistas de verdade na pesquisa das leis naturais.Esses picaretas só vão em frente porque ninguem os contesta. Por outro lado o povo em geral esta mais receptivo para ideias que beiram a magia do que para a ciencia verdadeira que as vezes não é tão encantadora.
De minha parte prefiro uma ciencia fria mas verdadeira a uma ilusão bonita mas falsa.
Parabens pelo artigo.. é um a enchurrada de bom senso.
Obs: O site que indico em meu cadastro é sobre ingles. ja que sou professor da materia. Sua apreciação e suas criticas sobre ele serão bem vindas.
Meu caro Sigberto Souza,
Parabéns por sua missiva na qual, mesmo confessando sua crença, não deixa de reconhecer o valor da ciência e o desserviço que prestam os mistificadores e pseudocientistas. Só não concordo quando alega que a “ciência não é tão encantadora”, ou que a “ciência seja fria”. Afinal, o que pode ser mais belo do que observar o processo evolutivo, que transforma todos nós seres vivos em uma enorme comunidade proveniente uma única célula elementar? E ainda poder saber que compartilhamos todos, humanos, orangotangos e chimpanzés, de um mesmo ancestral comum? E se a vida terrena não for suficiente para provocar tal encantamento e magia, que tal observarmos a magnitude do cosmos e saber que o mesmo continua em constante expansão, tal qual uma criança em desenvolvimento?
E mesmo respeitando não só a sua crença, como todas as demais calcadas na tradição, não posso deixar de desnudar meu pensamento a respeito. Ao meu ver, a grande glória humana, assim como a de todos os demais seres vivos, é ter a oportunidade da vida. É impressionante pensar que para estarmos aqui, as centenas ou milhares dos nossos antecedentes tiveram que conseguir sobreviver até a idade adulta e conseguir procriar para dar continuidade ao processo hereditário que nos trouxe até os dias de hoje. Para que isso ocorresse, nenhum deles sucumbiu a essa missão, morrendo jovem, ou mesmo sofrendo de alguma incapacidade reprodutiva. Isso desde tempos imemoriais, onde poucos de nós sobrevivíamos a mais de 30 ou 40 anos.
É por isso, que acredito que uma vida nos basta a todos nós seres vivos. Esse foi o grande presente que ganhamos seja de Deus, da natureza, ou de quem quer que seja. Clamar por uma vida pós-morte, ao meu ver, é um atestado de que não estamos satisfeitos com essa vida que nos foi dada.
Não vejo sentido em encarar a vida como uma grande dádiva, se para justificá-la precisamos acreditar em uma continuidade infinita. Acho que essa visão é não perceber que a grande beleza da vida é justamente seu caráter passageiro, que faz com cada momento seja fugaz, porém único, o que por si só, justifica toda ânsia de viver e sorver cada segundo, como uma oportunidade ímpar dada a poucos privilegiados que tiveram a chance de nascer.
PS. Por fim, reafirmo o respeito a sua crença, caro Sigberto, e brindo ao debate de ideias que esse espaço nos permitiu. Grande abraço.
Devo repeitar sua crença em uma vida unica,mas pense um pouco. Ate onde eu sei a Ciencia verdadeira não exclui a ideia de um Deus criador. Acho que foi Einstein, ou outro grande cientista que disse que “Deus é tão importante que se não existisse seria preciso inventa-lo”
Não quero absolutamente discutir religião ja que não é este o escopo de seu blog. Quando Kardeck gastou anos e anos pesquisando os fenomenos ele usou de metodologia cientifica em seu “aprouch” (desculpe o estrangeirismo) e uma de suas maximas era ” é preferivel recusar 9 verdades do que aceitar uma mistificação”
O estudo serio dos fenomenos espiritas nada tem a ver com religião assim como a ciencia nada tem a ver com religião. Ambos se baseiam em pesquisas e fatos e não em coisas “magicas e trancedentais” que jamais poderão ser comprovadas.
Estudemos mais e mais e ainda veremos (talvez) que fisica quantica não auqela coisa magica que os picaretas tentam nos impingir.
Profunadamente honrado em me comunicar com alguem tão inteligente , deixo aqui meu braço fraterno.
amigo medite um pouco porque ha tanta diversidade de vidas, e conclua se tem lógica apenas uma unica chance de viver.
Vamos lá, meu caro.
Observemos como como as conclusões precipitadas podem ser circulares e absolutamente inconclusivas. Podemos usar o seu argumento justamente para concluir ao contrário do que você pensa. Senão, vejamos:
Diante de tanta diversidade de vidas, é muito mais lógico concluir que não há necessidade de prolongamentos, ou sobrevidas, para justificarmos nossa atual vivência. Com tanta diversidade, uma vez basta.
Portanto, viu como os argumentos podem trabalhar de acordo com nossa conveniência?
Mas contra isso temos a ciência.
Que pelo menos por enquanto ainda não provou a existência ou inexistência de vida pós-morte. Por enquanto…
Mas como o ônus da prova cabe a quem afirma alguma verdade. Fique à vontade, meu amigo. Me dê provas concretas da existência de uma vida
metafísica e eu me renderei. Abraços.
as mihas buscas e experiencias para mim mais que provaram, é certo que mergulhados como estamos no egoismo e falta de amor podemos nos desaperceber e até duvidar da existencia da vida em outra dimensões, mas veja, para quem não tem a percepção da continuidade da vida não tem nada, porque para ele fazer o bem ou o mal não faz a diferença, quando se fala a ciencia prova ou não, esta já teria que estar muito avançada e não apenas engatinhando, e entre os cientistas é que surgem as maiores divergencias, mas esta questão da alma a busca tem que ser muito pessoal, e quem sou eu para convencer ou provar alguma coisa a alguem, mas voce pode ter certeza, faz uma grande diferença na vida da pessoa que consegue se aperceber da continuidade da conciencia. um abraço
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Meu caro Félix,
Respeito seus argumentos, mas os mesmos têm cunho profundamente pessoal e não se baseiam em nada além de suposições passionais. É por isso que você cita como o exemplo “As suas próprias buscas e experiências”.
Nada contra o seu idealismo em crer em alguma coisa que transcenda nossa vida terrena. Mas meras suposições são muito rasas para chegarmos a conclusões definitivas acerca de questões tão complexas. Você mesmo cita que a ciência está engatinhando. Pois veja só, há meros 500 anos ainda acreditavam que a Terra era o centro do Universo. E qualquer pensamento ao contrário era passível de severas penalidades por parte da Santa Igreja Católica. Foi ninguém menos do que um papa, Clemente VII, quem ordenou que Giordano Bruno fosse queimado vivo em uma fogueira por ousar a tornar público tais pensamentos.
Você diz ainda que é no meio dos cientistas que mais surgem mais divergências. E não poderia ser diferente. A ciência é feita de debates, de provas e contra-provas, de experimentações, até que conclusivamente, o método científico possa comprovar algo concreto. As divergências são salutares e fazem parte desse método.
Ao contrário, as crenças metafísicas são dogmáticas, não aceitam contra argumentação. A pessoa crê por que crê. Por que ela acha que aquilo é verdade. E sendo verdade para ela, quer que seja verdade para todos. Sem provas, sem evidências, sem comprovações.
Por último, meu caro Félix, afirmo que as questões morais nada têm a ver com crença na religião, na vida pós-morte, ou em qualquer outra entidade metafísica, sejam elas as fadas dos dentes, ou os espíritos iluminados. A ligação entre uma coisa e outra e mais uma falácia perpetrada através dos séculos pelos líderes religiosos. Afirmo categoricamente que temos tantos, ou mais, ateus honestos e justos, quanto que crentes desonestos.
Portanto, é melhor não confundir as coisas para não incorrermos em inverdades. A própria história é pródiga em mostrar que nem sempre crença e justiça caminham de mãos dadas. Pelo contrário, temos exemplos prolíferos de não crentes que foram exemplos de altruísmo, de justiça e de defesa paz.
Oi Enio até onde eu sei a ciencia já avançou muito na questão da continuidade da essencia do ser, as experiencias de eqm que a medicina já documentou principalmente com crianças já comprovaram esta verdade, voce é ceticista ?
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Meu caro,
Me mostre um só estudo sério, um só artigo científico verdadeiro, publicado em periódico de prestígio internacional e me dobrarei às evidências. Não me colo a rótulos. Mas caso queira me encarar como ceticista, sem problemas. Mas jamais me furtarei a questionar o universo que me cerca. Por fim, meu amigo, acho que existem blogs e outros canais mais adequados ao seu nível de questionamento. Talvez, um blog de física não seja propriamente o que você está procurando. Para quem quer ver a ciência com os olhos vedados pelo dogmatismo, não vejo solução dentro da lógica. Ficaremos um de um lado falando de ciência e método científico e, outro, de outro lado, falando de crendices, suposições e misticismo.
sem mgoas eu nem sei direito como entrei neste debate, mas acho que foi com o assunto sobre o Prof. Laercio Fonseca que voce deve conhecer e acho que seria a pessoa certa pra voce debater este assunto, eu tambem acho que o periodo cretceo foi em certos aspectos melhor que o atual periodo crentceo.
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Oi Enio eu no sei nada de voce, tambem acho que sugerir algum documentrio perda de tempo, em todo caso sugiro documentrio a molcula do espirito e meu derrame de percepo e o filme minha vida em outra vida, sei que voce vai vir com um monte de argumentos pra criticar sem se quer olhar.
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Meu caro Enio,
Se você realmente tem vontade de saber mais, precisa ir a luta e pesquisar você mesmo. Além disso, se você tiver usando um tapa-olhos, ninguém vai conseguir te mostrar ou provar nada.
Tire o tapa-olhos e assista este documentário:
Provas Científicas da Reencarnação (parte 1 de 5)
Depois de assistir, mande sua opinião.
Abraço,
— Renato
Meu caro Renato,
A alusão do tapa-olho me lembra a metáfora de que “em terra de cego, quem tem um olho é rei”. Talvez eu esteja realmente com um olho tapado. Mas o outro bem aberto para não deixar de ver embustes e sensacionalismos. Sou jornalista e sei que o canal Discovery está longe de ter o rigor científico necessário para definirmos algo como verdade absoluta. É a mesma coisa que afirmar que algo é verdade por que saiu na Superinteressante. Meu caro, veículos de comunicação se pautam por índices de audiência. Buscam assuntos polêmicos e abusam do sensacionalismo.
Portanto, cuidado para ter os seus dois olhos fechados. Pior do que um tapa olho é a cegueira total. Não tenha o Discovery como critério de verdade. O método científico requer algo muito mais profundo do que uma reportagem pautada pelo interesse de mostrar que tal assunto está em estudo. O método científico é dolorido, cansativo e geralmente atua fora dos holofotes midiáticos.
A imprensa presta um grande serviço em colocar tais assuntos em pauta, mas não pode servir de critério sobre a verdade.
Por fim, lembre-se: Discovery não é Revista Científica com reconhecimento da comunidade internacional de ciências. É um bom canal de TV sobre divulgação científica. E só.
Portanto, meu caro. Faça do questionamento seu principal atributo. Pergunte-se, questione-se, duvide. Nem que para isso, conte com apenas um olho.
Meu caro Enio,
Acho que você se confundiu ao ler, pois eu escrevi tapa-olhos, me referindo a ambos. Está é, sinceramente, a impressão que você me passa. Ter senso crítico é uma coisa, ter a mente fechada é outra.
A julgar pelos seus ditos anteriores, a sua resposta não poderia ser diferente.
A seguir, algumas excelentes referências, publicados em periódicos mais do que acreditados. Não ficaremos surpresos se você responder que “Journal of Scientific Exploration” e o “Journal of the Society for Psychical Research” são sensacionalistas.
Haraldsson, E. (1991). Children claiming past-life memories: Four cases in Sri Lanka. Journal of Scientific Exploration, Vol. 5, No. 2, 233-262.
Haraldsson, E. (1997). Psychological comparison between ordinary children and those who claim previous-life memories. Journal of Scientific Exploration, Vol. 11, No. 3, 323-335.
Haraldsson, E. (2000). Birthmarks and claims of previous-life memories: I. The case of Purnima Ekanayake. Journal of the Society for Psychical Research, Vol. 64.1, 16-25.
Haraldsson, E. (2000). Birthmarks and claims of previous life memories II. The case of Chatura Karunaratne. Journal of the Society for Psychical Research. Vol. 64.2, 82-92.
Haraldsson, E. (2003). Children who speak of past-life experiences: Is there a psychological explanation? Psychology and Psychotherapy: Theory, Research and Practice, Vol. 76, 55-67.
Haraldsson, E. & Abu-Izzeddin, M. (2002). Development of Certainty about the Correct Deceased Person in a Case of the Reincarnation Type: The Case of Nazih Al-Danaf. Journal of Scientific Exploration, Vol. 16, No. 3, 363-380.
Haraldsson, E. & Abu-Izzedin, M. (2004). Three randomly selected cases of Lebanese children who claim memories of a previous life. Journal of the Society for Psychical Research, Vol. 68, 65-85.
Haraldsson, E., Fowler, P. & Periyannanpillai, V. (2000). Psychological Characteristics of Children Who Speak of a Previous Life: A Further Field Study in Sri Lanka. Transcultural Psychiatry, Vol. 37, 525-544.
Haraldsson, E. & Samararatne, G. (1999). Children who speak of memories of a previous life as a Buddhist monk: Three new cases. Journal of the Society for Psychical Research, Vol. 63, 268-291.
Keil, J. & Stevenson, I. (1999). Do cases of the reincarnation type show similar features over many years? A study of Turkish cases a generation apart. Journal of Scientific Exploration, Vol. 13, No. 2, 189–198.
Mills, A. (2004). Inferences from the case of Ajendra Singh Chauhan: The effect of parental questioning, of meeting the “previous life” family, an aborted attempt to quantify probabilities, and the impact on his life as a young adult. Journal of Scientific Exploration, Vol. 18, No. 4, 609-641.
Mills, A., Haraldsson, E., & Keil, H.H.J. (1994). Replication studies of cases suggestive of reincarnation by three independent investigators. Journal of the American Society for Psychical Research. Vol. 88, 207-219.
Pasricha, S. K. (1998). Cases of the reincarnation type in Northern India with birthmarks and birth defects. Journal of Scientific Exploration, Vol. 12, No. 2, 259-293.
Pasricha, S. K. (2001). Cases of the reincarnation type in South India: Why so few reports? Journal of Scientific Exploration, Vol. 15, No. 2, :211–221.
Rivas, T. (2003). Three cases of the reincarnation type in the Netherlands. Journal of Scientific Exploration, Vol. 17, No. 3, 527–532.
Sharma, P. & Tucker, J. B. (2004). Cases of the Reincarnation Type with Memories from the Intermission Between Lives. Journal of Near-Death Studies, Vol. 23, 101-118.
Stevenson, I. & Haraldsson, E. (2003). The similarity of features of reincarnation type cases over many years: A third study. Journal of Scientific Exploration, Vol. 17, No. 2, 283–289.
Tucker, J.B. (2000). A Scale to measure the strength of children’s claims of previous lives: Methodology and initial findings. Journal of Scientific Exploration, Vol. 14, No. 4, 571-581.
Para quem ler isto
Estou saindo fora destes “debates” e deste site. Quando entrei pensei que seria um local de esclarecimento cientifico mas estou vendo que não passa de exibição de vaidades e guerras de egos. Vou para lugar mais saudavel pois não tenho tempo a perder com essas coisas. Pra vc que fica;; bom proveito e divirta-se!
debater com certas pessoas é perda de tempo e gera stress, mentes empedernidas, egos muito gordos.
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É impressionante o frenesi que um ‘nomezinho’ em inglês provoca na patuleia abaixo do Equador. Como se escrever na língua de Whitman desse credibilidade a algo por sí só. Meu caro, esse tal jornal que você cita estuda desde fenômenos ufológicos aos astrológicos, passando por outras bobagens sem nenhum reconhecimento do corpo científico realmente sério. Leia um pouco de Richard Dawkins, de Stephen Jay Gould, de Edward O. Wilson, estes sim cientistas de verdade. Nada contra seus crenças, mas desculpa a pergunta: por que insistir em “vender” suas ideias em um blog de física. Essa enxurrada bibliográfica que você despejou no blog restringe-se a sub literatura científica. Manda alguma coisa aí de Harvard, de Cambridge, do MIT e, então, voltamos a conversar. Até lá, abstenho-me da continuidade dessa pendenga inútil. Abraços Cordiais.
Prezado Enio,
As provas sobre vida além da matéria existem, mas você precisa querer ver. Não estamos afirmando verdades e ninguém precisa provar nada pra ninguém. Se você realmente deseja alguma resposta é só buscar, os recursos existem e estão disponíveis. Além disso, como já dito aqui mesmo, as verdades mudam.
De qualquer forma, brindo você com uma lista grande de artigos e informações vindas de cientistas, com provas verificáveis sobre existência da consciência além da matéria:
Scientific Evidence for Survival of Consciousness After Death
http://www.near-death.com/evidence.html
Meu Derrame de Percepção
O melhor caminho para as respostas que desejas é buscar você mesmo. De outra maneira maneira, você conta com a sorte ou com o acaso.
— Renato
meu derrame de percepção ótimo documentário, eu baixei para minha pasta.
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Provas não, evidências! Não confunda as coisas, você está num blog de ciência..
Laércio B. Fonseca foi meu colega de turma no curso de Física da Unicamp. Tinha uma Academia em Limeira e deu-me aulas de Kung-Fu. Formou-se um ano depois de mim. Eu prossegui o caminho acadêmico até o pós-doutorado na Alemanha e hoje sou professor de doutorado e pesquisador numa grande Universidade brasileira.
Mas tenho quase certeza que o Laércio, com suas palestras, livros, DVD’s e etc, ganha mais e tem mais reconhecimento público do que eu. Talvez ele tenha até mais satisfação pessoal, por não ter que corrigir provas, orientar alunos mal-agradecidos, etc.
Como sempre digo aos meus alunos, podemos não gostar dela, mas a pseudociência é mais acessível e vende mais. Nada a fazer.
Olá,
Primeiramente, obrigada pelo comentário! Sobre o que você falou, gostaria de discutir dois aspectos.
Quando você diz que ‘Talvez ele tenha até mais satisfação pessoal, por não ter que corrigir provas, orientar alunos mal-agradecidos, etc’, acho que a questão seja mais profunda. Quando você acredita em você e no seu trabalho, você ultrapassa obstáculos por conta de um objetivo e isto é natural e inevitável para qualquer profissão. Nós cientistas, trabalhamos não pelos outros, mas pela própria satisfação pessoal ao adquirir o conhecimento e ao transmiti-lo. Do meu ponto de vista, acordar todos os dias acreditando no que você faz e tendo certeza que você faz o melhor é muito mais gratificante do que ganhar dinheiro sabendo que você está enganando outras pessoas e a si mesmo.
Outro frase que eu gostaria de comentar é ‘Como sempre digo aos meus alunos, podemos não gostar dela, mas a pseudociência é mais acessível e vende mais. Nada a fazer’. Claro que a disputa ciência e pseudociência é desleal. A ciência tem suas sutilezas, sua tecnicalidade e as vezes é difícil de ser transmitida. A pseudociência por outro lado só necessita de uma boa lábia, imaginação e a exploração da ignorância das pessoas em um certo tema. Agora, o que eu não concordo é que não a nada a fazer. Se nós, cientistas, ficarmos passivos diante de tal situação, só estamos colaborando para a proliferação da pseudociência e pra a depreciação de nossa imagem. O que podemos fazer é tentar passar a ciência de maneira autêntica e mostrar que esta pode ser interessante e acessível. E mais do que isso, precisamos mostrar a diferença entre a ciência e a pseudociência para a sociedade. Não é uma missão fácil, mas ficarmos passivos diante de tal situação não me parece a melhor saída. Penso que se com esse texto, pelo menos 10 pessoas pararam para refletir sobre o assunto, já foi um ganho imenso.
Grande abraço e obrigada novamente pelo contato 🙂
Olá, Camila. Obrigado pelo comentário.
Sem querer polemizar, permita-me comentar seu comentário, já que penso que fui pouco claro.
Eu, definitivamente, acordo todos os dias acreditando em mim e no meu trabalho. Tenho a tua mesma sinceridade em afirmar, sem vergonha, que, como tu, trabalho não pelos outros, mas pela minha própria satisfação pessoal.
Para mim, picareta é o que ganha dinheiro sabendo que está enganando outras pessoas, incluindo também o médico que prescreve um caríssimo remédio ou tratamento que sabe desnecessário, o político que sabe que não vai cumprir suas promessas de campanha mas embolsar as verbas públicas e também, claro, o charlatão que conscientemente apregoa pseudiciência como a banha da cobra.
No entanto, sinceramente, também, acredito que vários daqueles que, do nosso ponto de vista apresssado, rotulamos como picaretas, também acreditem naquilo que dizem e que, ao divulgar sua visão de ciência, estejam fazendo o bem às pessoas, lhes levando uma palavra inspiradora, inconscientes do desserviço que estão prestando à Ciência que, talvez, considerem retrógrada e conservadora.
Por outro lado, não estou passivo nem desiludido. Com meu site Física Interessante, justamente, me esforço por tentar passar a ciência de maneira autêntica e mostrar que esta pode ser interessante e acessível, “mais surpreendente do que a Ficção Científica, mais incrível que Arquivo X”, como digo no site. Que são “os maus professores que transformaram esta Física interessante naquele amontoado de fórmulas de MRUV, regras da mão direita, etc. sem sentido que você vê na escola e que ninguém te explica de onde veio!”. Em minhas aulas de Epistemologia, justamente, procuro mostrar a diferença entre a ciência e a pseudociência e conscientizar meus alunos para seu dever de repassar isso para a sociedade.
Mas, também, os conscientizo de que “Nada a fazer”, no sentido da nossa luta vai ser sempre quixotesca e desleal, como tu mesmo disse, porque a pseudociência é mais ‘fácil’, ‘popular’, ‘prática’, etc. Pior, muito mais divulgada, e impulsionada por poderosos lobbies, já que pseudociência vende mais. Chamo muito a atenção deles para os terríveis erros conceituais presentes não só nos jornais, no Fantástico, na Superinteressante, mas até nos próprios livros-texto.
De qualquer forma, me estendi demais num assunto em que, na verdade, estamos de pleno acordo. Também me irrito muito quando alguém vende suas ideias malucas como comprovada cientificamente. E te parabenizo por ter te levantado do sofá no feriado para escrever esse texto, o que poucos de nós se dariam o trabalho de fazer.
Pelos comentários que li, bem mais do que 10 pessoas pararam para refletir sobre o assunto, o que já foi um ganho imenso para nossa causa.
Um grande abraço e conte comigo nessa luta. Estou te acompanhando de longe mas de perto.
Como não há troca de informações entre os elétrons correlacionados, cara pálida???.. Não há um “teletransporte” de elétrons, mas há sim uma troca de informações.. Entre dois elétrons correlacionados A e B, eu posso enviar uma informação de A, através dessa ligação “fantasmagórica”, que instantaneamente ela irá aparecer em B, no chamado transporte quântico.
Esse experimento já foi feito em laboratórios na China e, mais recentemente, na Europa.
Referir-se aos elétrons como um ponto ou bolinha, nada mais é do que passar didaticamente um conceito para que seja melhor compreendido, principalmente aos leigos. Tal prática é verificada não apenas com a própria teoria das “bolas de bilhar”, como na revista Scientific American, que em sua edição brasileira aborda o assunto em uma edição especial e refere-se aos elétrons como “bolinhas”.
Em nenhum momento ele afirma que a mudança de nível de energia de um elétron o faz mudar de dimensão no espaço. Ele utiliza esse conceito para a consciência, que essa sim, segundo sua teoria, mudaria de dimensão conforme a perda de energia.
Acho a discussão válida e interessante, mas vale lembrar: ninguém é senhor da razão.
Raphael,
Não afirmamos que não existe emaranhamento, apenas que não é uma situação geral. Nem tudo precisa estar emaranhado. E certamente não há troca de informação, correlação não implica causalidade. Os experimentos não enviam informação, eles aproveitam a correlação já existente para obter informação sobre algo distante com medições locais.
Referir-se aos elétrons como partículas não está errado em si, nós mesmos o fazemos em outros posts, o ponto é que essa é uma descrição limitada e que nem todas as discussões podem ser feitas desse ponto de vista. Certamente quando pretendemos falar sobre questões fundamentais tratá-los desse modo pode levar a conclusões enganosas.
Qualquer coisas referente a mudança de dimensão (o que quer que isso signifique) não é contemplado na mecânica quântica usual e está incorreto da parte dele apresentar esses conceitos com bem aceitos.
Concordo
Raphael,
Desculpe-me, mas, como professor de Quântica, “referir-se aos elétrons como um ponto ou bolinha” não é “passar didaticamente um conceito para que seja melhor compreendido”. Ao contrário, é ser anti-didático! Mais do que ser uma “descrição limitada”, como o Cesar disse, certamente vai levar a levar a “conclusões enganosas”, até por serem mais fáceis de visualizar, que vão dificultar muito o aprendizado da descrição correta no futuro.
Como Paul Davies disse claramente, “É impossível visualizar uma onda-partícula, então não tente!” (Paul Davies. Superforce. London: Unwin Paperbacks, 1985)
Feynman, explicando o Princípio de Incerteza, disse que “Quando as idéias revolucionárias da física quântica estavam aparecendo, as pessoas tentavam entende-las em termos de idéias antiquadas (isto é, da falácia da bolinha)” (citado em HALLIDAY; RESNICK; WALKER. Fundamentos de Física V.4.
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. p.151-187)
E se a Scientific American brasileira, que não é nenhum modelo de primor científico, refere-se aos elétrons como “bolinhas”, pior para ela que está incorrendo nessa perigosa falácia.
Não tem sentido imaginar qualquer objeto quântico (eletrons, prótons, etc.) como bolinha porque eles são descritos apenas através de densidades de probabilidade, a qual não se anula em lugar nenhum do espaço e, portanto, não tem um limite espacial bem definido como uma bolinha, estando mais para uma nuvem – onde acaba a nuvem?
Não adianta usar uma descrição mais ‘fácil’ se ela está errada! Não beneficia ninguém, muito menos os leigos.
Creio que essa é uma questão muito distante de ser resolvida, precisamos esperar para com que os avanços científicos nos mostrem a verdadeira face da física quântica.
Não sou muito entendido na área mais como uma partícula pode ser definida com Spin Up ou Down etc. Se é complicado definir isso como fazem citações de que seja possível criar mecanismos quânticos “PC quânticos” sendo não uma esfera, não um quadrado ou uma nuvem, o que seria para cima ou para baixo ou os dois ao mesmo tempo, se for o caso o resultado para mim seria nulo, na informática ou se é 1 ou 0, não existe meio 1 ou meio 0.
Não devemos rejeitar teorias pois amanhã essa teoria pode se tornar realidade,
porem o fato de querer fundir espiritualidade com fisica quântica seria uma forma de colocar a carroça na frente dos bois do Prf. Laercio, criando conceitos que no mundo da religião pareça uma mentira com capa de verdade.
até que enfim um comentário sensato, o cara acha muito o prof. Laercio cobrar 380,00 por uma palestra e cobrar por seus livros e dvds, mas ele vive disto e tem toda uma instituição a manter, e no youtube tem todas suas palestras de graça, e esta questão de ciencia e pseudociencia é muito relativa, porque a ciencia apenas trata da matéria, nem cogita algo alem e o conservadorismo é muito grande, descarta tudo o que não convem as suas teorias.
A “Nova Ciência” não é uma bandeira apenas do professor Laércio Fonseca. É uma bandeira de muitos cientistas no mundo todo.
O estudo sobre a consciência é de interesse de físicos e cientistas por toda a parte. Alguns neurocientistas já acreditam haver consciência nos animais. São pesquisas que ainda tem muito o que evoluir, mas que apontam pra uma nova direção.
Teletransporte quântico, não-localidade, dimensões cósmicas… Todos esses termos estão nas principais revistas científicas. O prêmio Nobel de Física 2012 é a mais clara prova do que estar por vir. O caminho pro futuro da ciência será explorado por aqueles que pensam fora da curva.
Vale ressaltar que a não-localidade em nada afeta a teoria da relatividade. A teoria da relatividade ocorre no “campo” espaço-tempo. A não-localidade seria algo maior que isso, um “campo” fora dessa realidade, onde a informação aparece instantaneamente no elétron isolado de seu par emaranhado.
A questão levantada pelo professor Laércio Fonseca, é que nossa consciência também possui propriedades quânticas, portanto poderia deslocar-se através desse “campo” da não-localidade. E isso não foi retirado de sua cabeça louca, doida ou débil. Foi retirado de pesquisas cientificamente comprovadas em laboratório, avalizada por grandes físicos que também pensam fora da curva, como Amit Goswami, por exemplo.
A holografia é um exemplo clássico de sobreposição de dimensões diferentes. Uma projeção em 3D, sobre um suporte, onde a realidade não é claramente definida. Em qualquer cartão de banco percebemos esse exemplo. A realidade do selo holográfico muda conforme o ponto de vista do observador. Um mesmo símbolo muda de cor, forma e posição, dependendo do ponto de vista de quem faz o experimento e colhe os dados.
Na teoria quântica o observador é quem define a realidade, que só é definida no momento da medição da mesma. As outras possibilidades não morrem, estão lá, podem aparecer em outra medição. Todas elas existem.
As verdades do Mundo não constam apenas nos diplomas acadêmicos. Pode estar a olho nú, no nosso Céu, como pode estar em um ovo, em cima de nossas mesas.
Não se enganem, meus caros. As respostas para muitas perguntas podem não estar a milhões de anos-luz de nós como vocês pensam.
Não sou físico, matemático, ou coisa que o valha, portanto, nem deveria me meter nessa discussão. Mas não sei porque sempre fico incomodado, até com uma certa urticária, quando me deparo com termos como “Nova Ciência”, “pensar fora do quadrado”. Alguém aí ainda se lembra da New Age, Nova Era, no despertar de uma nova consciência…?
É engraçado como os praticantes de tais doutrinas se autodenominam como os “novos”, varrendo para debaixo do tapete da história os conhecimentos sólidos e as conquistas científicas de centenas ou milhares de anos.
Fico imaginando se eu lançasse um projeto de um novo avião que poderia voar contrariando as leis da física atual, mas calcada em uma suposta “Nova Ciência”. Alguém aí se aventuraria em me acompanhar num vôo experimental?
Que muitas de nossas perguntas ainda não foram respondidas e, talvez nunca sejam completamente, isso á fato pacífico. Mas por enquanto, não seria melhor nos alicerçarmos naquilo que já conseguimos provar?
Que as experiências com a mente quântica, com a cura quântica, com o sexo quântico, ou sei lá mais o quê, continuem até conseguirem provar sua verdade. Dentro dos mais rígidos critérios do método científico.
Mas poderíamos combinar só uma coisa: Até que isso aconteça, não vale explorar leigos e ficar faturando com a venda de CDs, DVDs e congêneres. Pode ser?
Antes de mais nada, gostaria de dizer que não tenho nenhuma formação na área da física. Assim, me perdoe se eu falar alguma bobagem (mas me aponte a bobagem). Também não sou nenhum fanático religioso, nem tampouco defendo o charlatanismo. Sou movido pela busca de respostas e pelo aprendizado.
Podemos ver que este artigo atraiu a atenção de professores e pessoas formadas na área. Isto, pra mim, é um sinal de que o assunto é bom.
Já li “O Universo Numa Casca de Noz” e na história da física, não é incomum vermos grandes homens criando teorias que são adotadas como “verdades” e em seguida, o próprio criador da teoria diz que estava enganado. Muitas vezes uma nova teoria é criada, que atualiza ou substitui por completo a ideia antiga. Aconteceu com Einstein e concordemos que isto é um processo normal (evolutivo, certo?).
Bem, neste comentário gostaria de focar na questão da correlação, mais exatamente no trecho onde a autora diz:
“O que significa é que certas propriedades são de alguma maneira correlacionadas. E isso não vale para qualquer partícula viajando por aí. Veja que eu só posso adivinhar a cor do par da sua meia naquele dia. No próximo dia, eu não vou saber mais nada. Da mesma maneira, dizemos que as partículas precisam estar emaranhadas.”
E o que você poderia nos esclarecer/comentar/criticar sobre a correlação entre cérebros humanos, sem um sinal eletromagnético para levar informação?
Abaixo um trecho de um artigo em inglês que fala sobre o Paradoxo Einstein-Podolosky-Rosen. O texto relata exatamente a crítica deste trio de que, se a física quântica fosse um modelo completo da realidade, então interações entre objetos remotos deveriam existir.
“In 1935, three physicists, Albert Einstein, Boris Podolsky, and Nathan Rosen criticized quantum mechanics claiming that if it were a complete model of reality, then nonlocal interactions between objects had to exist. [1] Since that was deemed inconsistent with the theory of relativity, quantum mechanics had to be either wrong or at least incomplete. This critique is known as the Einstein-Podolosky-Rosen (EPR) paradox.”
Fonte: http://w2.eff.org/Net_culture/Consciousness/the_quantum_brain.article (parágrafo 3)
Experimentos seríssimos já mostraram evidências sobre a correlação entre cérebros humanos, mesmo a distância. Veja uma lista de referências no final deste comentário.
O link [http://w2.eff.org/Net_culture/Consciousness/the_quantum_brain.article] documenta um experimento de correlação entre cérebros humanos, utilizando-se uma gaiola de faraday para garantir uma blindagem eletromagnética. O artigo do conclui:
“There is now evidence that EPR correlation occurs between human brains. For
the rest of this section, we will follow the development given in [4].”
Ou seja, há evidências desta correlação.
“These findings indicate that the human brain is capable of establishing relationships with other brains (when it interacts with them appropriately) and sustaining such correlations even at a distance. The above results cannot be explained as due to sensory communication or electromagnetic signals between subjects (since the subjects were separated during the experiment and located in two semi-silent, electromagnetically isolated chambers distant more than 14 meters from one another in one case) or as due to low frequency EEG correspondence.”
Como dever de casa, segue uma lista com mais referências de experimentos sobre correlação entre cérebros humanos. Devo dizer que uma ínfima parte teve resultado negativo.
Como diz a autora, “Não acredite porque alguém falou. Acredite por você.”
— Renato
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por favor, sem orgulhos e desprovidos de vaidade, devemos aceitar, que independente dos nossos interesses, a verdade é eterna e perfeita, não devemos nos esquecer do passado onde a então falsa ciencia, foi perseguida e seus precursores também, e no entanto a terra sempre girou em torno do sol, como o faz até hoje, discutir hoje com tanto enfase, pode depor amahã contra tudo o que somos hoje, estejamos abertos para evitar criticas de carater pessoal, principalmente quando nos julgarmos acima de todos, estejamos sempre abertos as novas ideias, a fisica quântica continua incipiente, mas parodiando o nosso grande genio. Deus não joga dados, ou seja a verdade é absoluta e eterna, não importa o quão longe a nossa vaidade nos leve
Olá Sylvio,
Vamos supor que ele esteja certo e seja mal compreendido pela ciência nos dias de hoje. Se suas convicções e vontade de entender o universo são genuínas, porque vender suas ideias? Porque colocar o que é feito em pé de igualdade com a ciência, sendo que não há nenhum compromisso com o método científico?
A humanidade é impulsionada pelo debate e pela busca de conhecimento. Ideias certas e erradas surgem ao longo do caminho e posso te dar exemplos de cientistas que seguiram por direções erradas mas mesmo assim deram importantes contribuições para a construção do conhecimento. Agora, te garanto que nenhum deles quis ganhar nada em cima de ninguém e todos mantiveram o compromisso com o método científico.
Quer ter ideias novas, que não podem ser provadas e não seguem a lógica científica? Ótimo, sem problemas. Mas não chame o que é especulação de ciência.
Saudações,
Camila
Camila,
Inicialmente, concordo contigo sobre a atitude especulativa do Laércio. Inclusive, foi fazendo um busca por “laercio fonseca + charlatao” que cheguei a seu blog. Gosto das idéias abertas dele, mas me incomoda o fato de que cobra pela informação.
Mas já foi pior. Venho acompanhando o Laércio e antes, todas as palestras no Youtube eram trailers de 2 minutos, que faziam chamada para você comprar o DVD. Atualmente tem uma grande parte dos vídeos disponibilizados gratuitamente. Disponibilizar gratuitamente pode ser uma jogada de marketing.
O que piora a situação é que ele, em vários dos seus “cursos”, critica radicalmente o sistema econômico/empresarial da atualidade.
Mas apesar de tudo isto, no mínimo, ele tem boa didática e desperta a curiosidade.
Sobre o trecho o você diz:
“Agora, te garanto que nenhum deles quis ganhar nada em cima de ninguém e todos mantiveram o compromisso com o método científico.”
Segure lá. Não garanta tanto. Por exemplo, na atualidade, temos Stephen Hawking. O maior contribuidor da atualidade(?). Veja que ele já vendeu milhões de cópias de livros e continua vendendo. Uma Breve História do Tempo, O Universo Numa Casa de Noz, Deus e O Big Bang. Somente o título “O livro Uma Breve História do Tempo” já vendeu mais de *10 milhões* de cópias. Então este cientista tem ou não compromisso com o método científico?
Se formos adiante, vamos encontrar outros grandes cientistas seja vendendo livros, DVD’s e trabalhando para grandes agências (como a NASA).
Um professor, por mais que queira se doar, no fim do mês vai precisar do seu salário.
Antigamente se vivia com muito pouco, mas isto não vale mais pros dias atuais, a menos que você vá morar no meio do mato. Nossa “cultura” é capitalista e sobreviver neste meio sem participar disso é impossível.
Pra terminar, quero dizer que intimamente, eu suspeito que “pseudociência” seja um termo preconceituoso, associado com aqueles que pensam fora do círculo fechado das comprovações da “ciência oficial”.
Respeitosamente,
— Renato
Oi Renato,
Concordo que é bom o fato dele despertar a curiosidade das pessoas. Por outro lado, ele deveria deixar claro que o que ele faz não é ciência e não tem nenhuma comprovação nem aceitação do meio. Porém, ele faz justamente o contrário, invocando a ciência para despertar a atenção das pessoas para algo que no fim é apenas especulativo.
Sobre o trecho, talvez eu tenha me expressado mal. Veja, S.Hawking, M. Gleiser, R. Feynman são grandes cientistas e grandes nomes da divulgação científica e claro, ganham/ganhavam dinheiro com isso. A questão é que eles não precisam cobrar pelas suas ideias para elas serem aceitam. Elas são grandes cientistas divulgando ciência, e não divulgando suas opiniões, divagações ou sua fé (claro, que todos acabam discutindo isso hora ou outra, mas não é foco de nenhum dos livros e sempre é deixado claro quando algo assim aparece). Seus livros se baseavam em trabalhos científicos sérios, discutidos pela comunidade e, mesmo que algumas ideias sejam sim especulativas (muito do trabalho de Hawking dificilmente será provado), são auto-consistentes com a lógica da teoria. Ele parte de A, passar por B, C e chega na conclusão D por passos que são consistentes com o método científico.
O que eu chamo de pseudociência é quando se parte de A, passa por B (através de argumentos científicos) e vai pra Z (com argumentos metafísicos, de fé, de crença, de espiritualidade ou qualquer coisa do tipo). E apesar do caminho, vende-se apenas o título de “científico” para a coisa toda.
Além do mais, muitos mantém suas “ideias inovadoras” disponíveis apenas para quem compra ou pra quem vai em suas palestras (não estou falando especificamente do Laércio). Isso que eu quis dizer com vender as ideias.
Por último, acho que a definição de pseudociência da Wikipedia funciona bem e com isso em mente, pra mim é muito simples separar ciência de pseudociência:
“Uma pseudociência é qualquer tipo de informação que se diz ser baseada em factos científicos, ou mesmo como tendo um alto padrão de conhecimento, mas que não resulta da aplicação de métodos científicos.
A pseudociência é uma reivindicação, crença ou prática que se apresenta como científica, mas não adere a um método científico válido, carece de provas ou plausibilidade, não podendo ser confiavelmente testado, ou de outra forma, não tem estatuto científico. A pseudociência é frequentemente caracterizada pelo uso de afirmações vagas, exageradas ou improváveis, uma confiança excessiva na confirmação, em vez de tentativas rigorosas de refutação, a falta de abertura para a avaliação de outros especialistas, e uma ausência generalizada de processos sistemáticos para desenvolver teorias racionalmente.”
Saudações,
Camila
Parece que tudo que não seja de sua tribo é picaretagem. Não desista de ler ainda… a maioria das teorias dos grandes fisicos teoricos ,como a propria ciencia admite, jamais podera ser comprovada.e não seriam apenas devaneios e delirios? Passar pelos passos da ciencia e em algum lugar resvalar para a fantasia pode ser considerado cientifico? Sou apenas um professor de portgues e ingles mas tenho na familia pessoas envolvidas com ciencia e vejo o assunto por uma otica diferente dos cientistas. Vejo pela ótica humanista mas tenho profundo respeito pela ciencia de verdade que, entre outras coisas, tornou possivel termos computadores em casa com um poder de processamento que nossos avos nem sequer sonhavam. Isto é ciencia com resultados praticos, afinal, enquanto não aparecerem resultados e aplicações praticas a ciencia não passa de especulação, Certo?
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Camila,
>> Camila escreveu:
>> “Concordo que é bom o fato dele despertar a curiosidade das pessoas. Por outro lado, ele deveria deixar claro que o que ele faz não é ciência e não tem nenhuma comprovação nem aceitação do meio. Porém, ele faz justamente o contrário, invocando a ciência para despertar a atenção das pessoas para algo que no fim é apenas especulativo.”
Sobre o ao Hawking, você sabe que ele é um físico teórico, certo? Na física teórica não existe “comprovação” e raramente há grande “aceitação do meio”, de imediato. Isto acontece pelo fato de se estar formando uma nova ideia, mas que muitas vezes, ainda não tem capacidade de explicar e nem prever nenhum fenômeno.
Creio que quando você fala de “comprovação nem aceitação do meio” você esteja se referindo à física experimental. Mas estamos falando de idéias novas e teorias (física teórica). Concorda?
De qualquer forma, mesmo ele recorrendo à argumentos da física quântica, não creio que podemos rotulá-lo de cientista. Ele até se formou em Física mas a coisa pára por aí. Ele é um teosofista, pois junta Filosofia, Religião e Ciência (justamente o conceito da Teosofia). Além disso é justamente esta a palavra que vejo ele mencionando para descrever o que faz. Já assisti alguns videos e em nenhum ele se declarou físico experimental ou cientista. Ele afirma ter estudado física, que somada à religião e à suas práticas filosóficas, se resulta em *teosofia*. Novamente, *teosofia* não é o mesmo que ciência.
>> “Sobre o trecho, talvez eu tenha me expressado mal. Veja, S.Hawking, M. Gleiser, R. Feynman são grandes cientistas e grandes nomes da divulgação científica e claro, ganham/ganhavam dinheiro com isso. ”
Também acho que foi força de (má) expressão. E sim, eles ganham *muito* dinheiro.
>> “A questão é que eles não precisam cobrar pelas suas ideias para elas serem aceitam. ”
E você conhece alguém que cobra para forçar com que suas ideias sejam aceitas? Como seria isto? Você cobra de alguém um valor pra ele aceitar a sua (nova) ideia?
>> “Elas são grandes cientistas divulgando ciência, e não divulgando suas opiniões, divagações ou sua fé (claro, que todos acabam discutindo isso hora ou outra, mas não é foco de nenhum dos livros e sempre é deixado claro quando algo assim aparece).”
O que é um grande cientista? Alguém que vende muitos livros? É muito conhecido? Você conhece algum grande cientista teórico que não gerou/gera controvérsia e que teve suas ideias amplamente aceitas num primeiro momento?
>> “Seus livros se baseavam em trabalhos científicos sérios, discutidos pela comunidade e, mesmo que algumas ideias sejam sim especulativas (muito do trabalho de Hawking dificilmente será provado), são auto-consistentes com a lógica da teoria. Ele parte de A, passar por B, C e chega na conclusão D por passos que são consistentes com o método científico.”
>> “O que eu chamo de pseudociência é quando se parte de A, passa por B (através de argumentos científicos) e vai pra Z (com argumentos metafísicos, de fé, de crença, de espiritualidade ou qualquer coisa do tipo). E apesar do caminho, vende-se apenas o título de “científico” para a coisa toda. Além do mais, muitos mantém suas “ideias inovadoras” disponíveis apenas para quem compra ou pra quem vai em suas palestras (não estou falando especificamente do Laércio). Isso que eu quis dizer com vender as ideias.”
Você deve já ter ouvido falar da teoria do big-bang. Então me responda: você diria que esta famosa teoria “parte de A, passa por B, C e chega na conclusão D por passos que são consistentes com o método científico.”?
>> Por último, acho que a definição de pseudociência da Wikipedia funciona bem e com isso em mente, pra mim é muito simples separar ciência de pseudociência:
>> “Uma pseudociência é qualquer tipo de informação que se diz ser baseada em factos científicos, ou mesmo como tendo um alto padrão de conhecimento, mas que não resulta da aplicação de métodos científicos.
>> A pseudociência é uma reivindicação, crença ou prática que se apresenta como científica, mas não adere a um método científico válido, carece de provas ou plausibilidade, não podendo ser confiavelmente testado, ou de outra forma, não tem estatuto científico. A pseudociência é frequentemente caracterizada pelo uso de afirmações vagas, exageradas ou improváveis, uma confiança excessiva na confirmação, em vez de tentativas rigorosas de refutação, a falta de abertura para a avaliação de outros especialistas, e uma ausência generalizada de processos sistemáticos para desenvolver teorias racionalmente.”
Pois bem, lá no mesmo artigo da Wikipedia diz que:
“Pseudociências são distinguíveis de filosofias, revelações, teologias ou espiritualidade pois elas dizem revelar a verdade do mundo físico por meios científicos (ou seja, muitas normalmente de acordo com o método científico). Sistemas de pensamento que se baseiam em pensamentos de origem “filosófica”, “divina” ou “inspirados” não são considerados pseudociência se eles não afirmam serem científicos ou não vão contra a ciência.”
O material que o Laércio apresenta está muito mais pra teosofia que para pseudo-ciência. Pra mim, ele nem chega perto de usar o método científico. Então você há que convir que a “definição de pseudociência da Wikipedia”, que “funciona bem”, também confirma que teosofia não é pseudociência.
Isto posto, você poderia dizer que o Laércio faz “picaretagem”, mas certamente não pode dizer que ele pratica pseudo-ciência. Talvez você deva mudar o título do artigo para “A Picaretagem da Teosofia”.
Saudações,
— Renato
Camila voce deveria participar de um debate com o prof.Laercio para refutar ponto a ponto o que voce chama de pseudociencia e picaretagem.
Diz um velho ditado. Pato fala com Pato. Perder tempo com mistificadores não vale a pena e ainda dá crédito aos falseadores de ideias.
Interessante o texto, muito rico…
O método utilizado para convencer as pessoas é o mesmo de 3.000 anos atrás o sofismo…
Jorge, sua opinião será muito bem vinda. Você poderia começar apontando onde está o sofisma e nos esclarecendo com a real verdade.
Antes de postar meu pensamento, digo que não sou da área de Física, apenas curso graduação em ciências da computação. Foi bom chegar até esta matéria e ler as diversas opiniões postadas. Cheguei até aqui justamente procurando por informações sobre o senhor Laércio B.F. pois já assisti a alguns de seus vídeos e estava/estou/estarei em busca de mais informações sobre ele e francamente, tentar dialogar através dos comentários do youtube, é desanimador. Penso que vários outros que também chegaram até aqui foi por esse motivo (ou ao menos parte).
Primeiramente citando este debate sobre o que o senhor Laércio aborda e o que faz parte da ciência, eu não entrarei em detalhes técnicos até porque entendo pouco sobre isso. Mas não é legal que seja feito essas levantamentos sobre “isso ou aquilo está errado ou certo” independente de quem partiu a afirmação. Devemos sim, a partir do que foi dito, estudar (provavelmente muito) a respeito e discutir as diferenças com quem as propôs. Pois assim como na informática e ainda mais na física onde o que é supostamente “certo” hoje, amanhã já pode estar totalmente equivocado. Por exemplo, conforme dito em um comentário sobre “o que pode ser mais belo do que observar o processo evolutivo”. Isso é um assunto que muitos estudiosos da área já começam a descordar e a própria teoria da evolução não pode explicar certos pontos sobre si mesma. Isso pode ser um exemplo de uma teoria que está desmoronando. Vejam por exemplo a série ancestrais alienígenas.
Continuando sobre ciência, fazendo referencia a uma matéria sobre o físico Marcelo Gleiser. “Tudo o que conhecemos se restringe a uma minúscula fração do que de fato existe. Por mais que temos sofisticados meios de investigação, a física é fruto da mente humana e esta limitada a nossa capacidade de interpretar a realidade. A beleza está nos olhos de quem vê, a ciência está na mente de quem a faz.” Confiram a opinião completa de Gleiser no Link: http://aceleron.net78.net/outros/Criacao_imperfeita_gleiser.jpg
O que acontece é que algumas teorias parecem ser mais plausíveis e outras parecem ser mais pura fantasia. Não só na física mas em qualquer outra área de atuação, a quase totalidade das novas descobertas só são concebidas por quem pensa diferente, por quem rompe paradigmas.
O que eu leio sobre o tema por aí são físicos que defendem uma opinião e paranormais (por exemplo) que tem outra opinião sobre determinado assunto.
Com a seguinte frase de Camila: “Se nós, cientistas, ficarmos passivos diante de tal situação, só estamos colaborando para a proliferação da pseudociência e pra a depreciação de nossa imagem.” Eu percebo uma espécie de “cabo de guerra” onde ganha quem puxar mais forte. Isso me lembra muito o caso Windows x Linux. Se você perguntar a algum profissional que só tem conhecimentos em um destes s.o., qual é o melhor, provavelmente vai ter como resposta que um é melhor que o outro ou vice-versa. É muito difícil encontrar algum profissional que utilize ambos os s.o. e possa prover uma opinião balanceada de prós. e cons. de cada um.
O senhor Laércio foi o primeiro que eu encontrei que tenta falar sobre ciência e paranormalidade, vou assim dizer, de maneira unificada. Atenção, pois eu disse primeiro que eu encontrei, pois devem existir outros e até mesmo antes dele, a falar sobre o assunto. Admito que alguns assuntos que ele fala, para min, é difícil de aceitar/acreditar e para algumas pessoas pode soar como piada ou insanidade ou loucura ou seja lá o que for. Mas não posso dizer que é mentira ou “picaretagem”. Até porque em contra partida, em muitas outras coisas eu concordo plenamente com ele. Por exemplo, Renato disse: “O que piora a situação é que ele, em vários dos seus “cursos”, critica radicalmente o sistema econômico/empresarial da atualidade.” Não sei porque usar o termo piora. Esse ponto de vista dele está correto. O sistema em que vivemos é corrupto. O que vale hoje é imagem é dinheiro. Ganha dinheiro quem já tem muito e trabalha pouco e perde quem tem pouco e trabalha muito. A ponto de faltar dinheiro para alimentação em escolas e sobrar no bolso desses picaretas da politica. E muitas pessoas ainda tem o cinismo de falar que a vida é assim, que é a lei do mais forte, etc. Mas não vou entrar nesse ponto e em outros assuntos pois sairia do contexto do que está sendo debatido aqui.
O senhor Laércio parece viver do que faz, logo precisa sustentar sua infraestrutura. Pois de que adianta não cobrar por nada, se no fim do mês não tem dinheiro para comer ou pagar a conta da internet que ele usou para Upar os vídeos. Não estou querendo defender ninguém, mas digo isso com base do pouco que já verifiquei. Assim como ele, será que os cientistas e estudiosos que aparecem nos documentários do History e da BBC também não cobram por seu trabalho?! O que não concordo, são os valores cobrados para participar de uma palestra. Se é um trabalho sério, eu não estou desmerecendo de maneira alguma, mas são poucos os que podem pagar 140 reais (conforme site do Laércio) para assistir a uma palestra.
Se alguma questão discutida pelo Laércio sobre física estiver equivocada (digo este SE pois como eu disse anteriormente, não sou da área então não posso afirmar certo ou errado) pode ser que ele não tenha feito propositalmente, mas sim por ser da forma como ele “vê” as coisas. Na escola e na faculdade, por exemplo, os professores ensinam determinado assunto a maneira de cada um. E se o aluno aprendeu vai depender de como cada um analisa / abstrai as informações transmitidas. Conforme na citação do Gleiser, a ciência está na mente de quem faz.
Penso que o ponto central do artigo esteja confundido alguns erros com picaretagem o que são coisas muito diferentes. Por exemplo, se Edwin Hubble dissesse que a cor de uma galaxia que se afasta tende para o azul, o que é um erro, seria o mesmo que falar que quando algum politico desvia dinheiro publico, o que é uma picaretagem, são as mesmas coisas.
Não sei se o senhor Laércio anda em uma Mercedes e/ou se tem várias casas. Não sei se o que ele fala é picaretagem ou mentira (ao menos sobre outros assuntos eu sei que não é). Sobre o ponto discutido aqui, eu prefiro dizer que minha opinião até o momento é: Eu não sei.
Camila disse:
“… grandes cientistas e grandes nomes da divulgação científica e claro, ganham/ganhavam dinheiro com isso. (…) Elas são grandes cientistas divulgando ciência, e não divulgando suas opiniões, divagações ou sua fé (claro, que todos acabam discutindo isso hora ou outra, mas não é foco de nenhum dos livros e sempre é deixado claro quando algo assim aparece).”
Quem são os “Grandes cientistas”? são os que ajudaram a destruir o mundo como Einstein ou Niels Bohr que durante a segunda guerra ajudaram a desenvolver bombas que só serviram com proposito de matar? Por mais que o homem pisou (ou não) na lua através da ajuda que estes cientistas proveram com suas contribuições, foi a que preço? Será que só porque alguém que não conhecemos ou não é citado nos livros não é um bom cientista? Isso me lembra outro exemplo na informática. Quando perguntam, quem foi o melhor hacker dos computadores até hoje? Diferentes respostas citarão diferentes nomes. Mas na verdade o melhor hacker foi o que nunca foi pego, ou seja, é um desconhecido, ninguém sabe quem é. (Essa é uma pergunta feita por quem quer saber que foi o melhor invasor de sistemas informatizados. E o termo correto na pergunta deveria ser cracker, mas incorretamente é usado hacker. Na minha opinião um cracker não é necessariamente um hacker.)
Camila, o que eu tenho percebido na maioria dos seus comentários é que você parece, de uma certa forma, ter “raiva” do assunto e não suportar alguém que fala sobre.
O problema é que existem tantas pessoas que enganam, fazem picaretagem, mentem sem vergonha na cara, só para encher os bolsos que fica difícil saber quem é honesto é quem não é. Conforme eu disse, por mais que eu concorde com várias coisas citadas pelo senhor Laércio, eu resolvi procurar mais informações sobre ele e cá estou eu.
Conforme falaram aí, eu gostaria muito de poder estar presente em um debate amistoso entre as várias opiniões postadas aqui, incluindo as do senhor Laércio. Penso que todos tem mais a aprender e ganhar se juntarem as ideias do que separando cada coisa em um extremo. Penso que neste caso, “a união faz a força”.
Não tenho intenção de entrar em conflito com este meu comentário, somente expor o que penso pacificamente.
Pratiquem o bem, busquem o verdade, duvidem de tudo e acreditem em nada.
– aceleron
Aceleron,
Quando eu digo: “O que piora a situação é que ele, em vários dos seus “cursos”, critica radicalmente o sistema econômico/empresarial da atualidade.”…
…Me refiro aos valores. Acho que o Laércio cobra um preço exagerado, pelo menos para alguns itens. Não digo que não tenha valor, mas poderia ser acessível.
Sendo ele um crítico do sistema capitalista, não deveria ele dar o exemplo, sendo criativo e mostrando como se vive com o mínimo possível? Mais além, se as informações que ele recebe vêm de graça, ele deveria passar adiante por um valor mais acessível, sem tanto interesse comercial.
— Renato
Cara, eu fiz uma boa procura a respeito dele no google até a paǵina de pesquisa 50 e alguma coisa, e o máximo que encontrei foram mais dois ou três sites que criticam o senhor Laércio sem uma base a considerar. Não cheguei a utilizar outros sistemas de busca para verificar diferentes resultados. Até o momento, este está sendo o lugar mais sensato a falar sobre o assunto.
Conforme eu disse anteriormente e reforçando sua posição sobre o valor cobrado. Eu também estou de acordo que o preço cobrado poderia ser um pouco mais acessível.
Renato disse:
“…se as informações que ele recebe vêm de graça…”. Pô cara, de graça?! Acredito que ele deva ter estudado algo para falar sobre isso. Gostaria de entender melhor essa sua frase.
-aceleron
Olá pessoal…Não sendo parcial, o professor faz um belo trabalho de esclarecimento da doutrina do Amor. Algo escasso em muitos corações nesse planeta. Sabemos que a física quântica é uma ciência ainda em evolução, requer muito estudo e dedicação, e, só o tempo, os acontecimentos, fará com que seja tratada de forma mais objetiva e séria…trabalho que o professor Laércio Fonseca vem tentando mostrar. Lembrando que uma “uma única andorinha não faz verão”. Existe uma cientista americana chamada “Barbara Ann Brennan”. Está senhora trabalhou para a NASA sendo formada em Física Atmosférica…desde criança tem contato com seres de outras dimensões o que como cética, a levou a estudar física para entender o que via e sentia de foma natural, não encontrando respostas dentro da própria física, depois de formada. Ela, fala de física quântica como o professor Laércio, fala de corpos sutis, cura, através da física quantia…vale-a-pena conhecer uma de suas obras chamada “Mãos de luz”. Um abraço a todos…
Se o correlacionamento das particulas fosse assim tão fácil como o advinhar a cor das meias , não sei porque Einstein fez a experiencia do EPR com partículas (fotões)correlecionados,para se convencer de que ele,Einstein estava errado..Não haveria necessidade! nnão acha?
A .Miranda,
“Me mostre um só estudo sério, um só artigo científico verdadeiro, publicado em periódico de prestígio internacional e me dobrarei às evidências.”
Bom, você poderia ler os livros e artigos de pesquisadores como Ian Stevenson, Jim Tucker, Antonia Mills, Erlendur Haraldsson e tantos outros sobre evidências de reencarnação.
Ou então as pesquisas com as médiuns Leonora Piper, Gladys Osborne Leonard, Nina Kulagina, Eusapia Palladino, entre muitas outras.
Ou ainda os enumeros estudos sobre EQM de Sam Parnia, Pim van Lommel e Raymond A. Moody Jr.
Agora, se quiser evidências fortes que pulularam no meio acadêmico-cientifico no século passado, você poderia ver algo sobre Willian Crookes, Charles Richet, Cesare Lombroso, Friedrich Zollner, Alexander Aksakof, Aksákof,Barret, William Fletcher, Ernesto Bozzano, William Jackson Crawford, Gabriel Delanne, Carl Du Prel, Camille Flammarion, Gustav Geley, Oliver Lodge, William James, Alfred Russel Wallace, e por aí vai, meu amigo.
Agora, devo também parabeniza-lo pelo excelente artigo. Não fosse pessoas como você, acredito que a ciência não teria chego onde chegou, e estariamos num mundo de crendices e pseudociência.
Abraços.
William
Meu caro William,
Quando eu falo em artigos e estudos sérios, não estou falando de gente que defende um ponto de vista e publica uma defesa de suas ideias. Aí fica fácil. Estou falando de cientistas e estudiosos que estudam um tema exaustivamente, fazem testes controlados, que podem ser comprovados a qualquer momento e que sobrevivem aos mais variados questionamentos. Você cita um monte de gente que já ficou no lixo da história há muito tempo. Citar Lambroso, por exemplo, só pode ser brincadeira. Os ideais Lambrosianos já foram desacreditados há muito tempo. Outros da sua lista, então, nem chegaram a ter seus pensamentos levados em consideração.
Meu caro, não é por nada não, mas que tal se, em vez de um site sobre física, você não passasse a visitar sites sobre seu tema de interesse. Tenho certeza de que deve ter muita coisa na internet sobre mediunidade, reencarnação e assuntos afins. Abraços e boa sorte.
“Quando eu falo em artigos e estudos sérios, não estou falando de gente que defende um ponto de vista e publica uma defesa de suas ideias. ”
Não sabia que você já tinha lido a todos. Deves ser um estudioso do espiritismo, não?!
“Citar Lambroso, por exemplo, só pode ser brincadeira. Os ideais Lambrosianos já foram desacreditados há muito tempo.”
Quer dizer que isso, então, invalida todos os outros estudos de Lombroso? Logo, podemos concluir que espíritos existem, pois como Alfred Russel Wallace estava certo quanto à teoria da evolução, portanto todos os outros estudos dele estão certos (como espiritismo). Ta precisando estudar um pouco de lógica, heim amigão?!
“Meu caro, não é por nada não, mas que tal se, em vez de um site sobre física, você não passasse a visitar sites sobre seu tema de interesse.”
Física é do meu interesse, meu caro. Parabés pelo blog, gosto muito de seus artigos!
Em um momento importante como este, que qualquer pessoa nao culta pode perfeitamente escutar e registrar os desencarnados atraves da Transcomunicaçao Instrumental ou filmar desencarnados atraves das Transimagens, usando a TV e uma simples filmadora digital. negar que exista uma dimensao para onde o epirito escapa depois da morte è profunda ignorancia e preguiça de pesquisar seriamente independemene do seu grau de instruçao para nao falar do profundo orgulho intrinseco no ser. Nao sou em grau de julgar Laercio Fonseca por falta de cultura no campo da cienca mas sou em grau de ver quanta estrada a ciencia ainda vai ter que fazer para admitir coisas que o seu orgulho nao admite, a sua mente ainda nao é em grau de alançar e os seus olhos nao foram capacitados para ver. De que coisa estamos falando mesmo?
Auguri!
Caros adoradores de almas penadas e admiradores de literatura psicografada. Por favor, um pouco de senso crítico não faz mal a ninguém. Essa coisa de Transimagens, Transcomunicação Instrumental e filmagem de desencarnados, me lembra aqueles tempos em que se fazia a brincadeira do copo no qual um bando de bobo acredita que o mesmo era movido por espíritos em volta de uma mesa.
Ou então da geração que frequentou São Tomé das Letras e viu discos voadores e outros bichos esquisitos proporcionados por indução dos neurônios por substâncias alucinógenas. Ou seja: falastes sério, cara Dilma?
amigo voce consegue ver cores ou s em branco e preto ?
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Na época de Galileu suas opiniões eram rejeitadas pela Igreja, pois “não estavam embasadas no que estava escrito na Bíblia” e ameaçavam a credibilidade do maior órgão de poder de então.
Nos dias de hoje a “Ciência Acadêmica”, a inquisidora atual, não aceita qualquer ideia contrária pelos mesmos motivos.
Tratando-se de Física avançada, dada sua inerente complexidade, é muito cômodo papagaiar apenas o que diz a Ciência oficial e manter-se com ar de intelectual perante a maioria, mas em áreas menos complexas, como a Arqueologia, essa “inquisição” é absurdamente evidente e só não a vê quem não quer.
Argumentos ingênuos como “a Ciência Acadêmica não possui interesses como outrora tinha a Igreja” são simplesmente… argumentos ingênuos e arrogância é arrogância…
Se apenas uma existência bastasse, como ficaria essa desigualdade social, estes assassinos crueis , estes políticos corruptos etc..? Seria injusto ou não? Sou um espírita racional, desvinculado de qualquer religião, nem Kardecista o sou , pois envolve religiosidade. Sou um evolucionista, porém busco evidências para me basear no que acreditar. Encontrei uma base sólida no Racionalismo Cristão, onde através de livros racionais, aprendemos que somos parte de um todo, do universo que continua evoluindo. Gostaria que procurassem se informar sobre estes princìpios racionais no site: http://www.racionalismocristao.com.br
Orestes Mineiro
Meu caro Orestes,
Suas explicações são movidas pela boa vontade, mas dizem que delas o inferno está repleto. Senão vejamos: O que tem a ver assassinos cruéis, políticos corruptos com a realidade de múltiplas existências? Apenas como exemplo. Quem garante que se houver outra existência, ela será ‘cor-de-rosa’, livre de todas as injustiças e mazelas sociais?
Não vamos buscar justificativas para os males humanos em subterfúgios metafísicos. Ao contrário, só teremos soluções para nossos problemas, se assumirmos a responsabilidade por nossos atos, aqui e agora. Em nossa existência atual.
Outra coisa, é sobre o racionalismo cristão. Nada contra, tudo mundo bonito e aparentemente coerente. Não fosse, uma incongruência inconciliável. O cristianismo é a base das religiões ocidentais, fundamentado nos dogmas e na fé. Algo totalmente oposto do racionalismo. A fé não se submete a métodos científicos, embora não esteja questionando sua importância.
Apenas acredito que fé e razão estejam em campos diferentes do conhecimento humano. Senão a gente cai de novo naquela armadilha citada no texto original deste blog, sobre pseudociência, que cita como hoje é comum a ação de charlatões, que se apropriam de termos como teoria quântica e o misturam com cura de doenças físicas e psicológicas, e outras baboseiras afins, criando um prato de difícil digestão.
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Portanto, meu amigo: A César o que é de César. E em Roma, faça como os Romanos. E para encerrar com mais uma frase feita, não confundamos alhos com bugalhos.
O Suicídio moral de Waldo Vieira e a iminente implosão da … O Espiritismo tem sido detonado e fanatizado pelos Espíritas. Todo este radicalismo fundamentalista destrói o que era para ser e deveria ser ciência.espiritismoapometria.blogspot.com.br/2012/…waldo-vieira..
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O Laércio deveria cobrar 5.000 por palestra, ele sabe exatamente o que está falando!
Está enganado sobre o valor. Com que propósito cobrar um grande valor ? Ninguém vai assistir as palestras e tudo vai ficar como está. O que importa é a mensagem.
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